quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Vodun Tobossi






As Tobossis são Voduns infantis, femininas, de energia mais pura que os demais Voduns. Pertenciam à nobreza africana, do antigo Dahome, atual Benin. Eram cultuadas na Casa das Minas, em S.Luiz/Maranhão, até a década de 60.

As Tobossis gostavam de brincar como todas crianças e falavam em dialeto africano, diferente dos Voduns adultos, o que dificultava muito entendê-los. Sem contar que, muitas das palavras elas falavam pela metade.

Elas vinham três vezes por ano, quando tinha festas grandes, que duravam vários dias.

A chefe das Tobossis é Nochê Naé, a grande matriarca da família Davice,ancestral da família real de Dahome, é considerada a mãe de TODOS os Voduns.

As Tobossis têm cânticos próprios,dançavam na sala grande ou no quintal, sem os tambores e, como todas as crianças, adoravam ganhar presentes e brincarem com bonecas e panelinhas.

Comiam comidas igual às nossas, junto com todos e tinham o costume de dar doces e comidas às pessoas. Sentavam-se em esteiras.

Pela manhã, tomavam banho, comiam e depois dançavam. Gostavam de dançar no quintal, em volta do pá de ginja delas.

Por serem crianças puras, tinham mais afinidade com o corpo permitindo assim, uma ligação mais direta que os Voduns, que são adultos. Não tinham falhas, não se irritavam.

Seu papel no culto era só "brincadeira". Eram espíritos perfeitos e mais elevados. Os Voduns podem ter falhas, as meninas não.

Passavam até nove dias incorporadas em suas gonjaí, diferente dos Voduns que deixavam as filhas muito cansadas.

Tinham um tratamento melhor do que o dos Voduns por serem mais delicadas, porém os Voduns são mais importantes por terem mais obrigações.

Podemos observar similaridade entre as Tobossis do Mina Jeje e os Erês dos Candomblés da Bahia e dos Xangôs de Pernambuco, pelo comportamento infantil. No entanto, os Erês apresentam-se tanto com características femininas quanto masculinas e as Tobossis são, exclusivamente, femininas, dengosas e mimadas.

FEITURA DAS TOBOSSIS

O processo de feitura das Tobossis inicia-se, normalmente, com o Vodum principal da Casa apontando um grupo de filhas, já iniciadas anteriormente, as voduncirrês, para a feitura de Tobossi.

As voduncirrês passam por uma fase de iniciação que tem a duração de quinze dias, nos quais há algumas festas. É uma feitura própria, um novo rito de passagem na graduação da iniciada no Mina Jeje.

O barco composto dessas voduncirrês é chamado de Barco das Novidades, Barco das Meninas ou Rama.

Essas voduncirrês tornam-se noviches, prontas para receberem suas Tobossis, passando a serem chamadas gonjaí. As Tobossis só são recebidas pelas voduncirrês gonjaí.

O último barco que se tem conhecimento foi realizado em 1913-1914.

No processo de iniciação, as Tobossis eram chamadas de sinhazinhas e, somente ao fim das feituras, é que davam seus nomes africanos. Também eram por nomes africanos que elas chamavam as filhas da Casa. Esses nomes eram escolhidos pelas Tobossis junto com os Voduns e esses nomes eram divulgados no dia da "Festa de dar o Nome".

Cada Tobossi só vinha em uma gonjaí e, quando esta morria, elas não vinham mais, sua missão ali se encerrava.

Desde a morte das últimas gonjaí, por volta dos anos 70, as Tobossis não vieram mais.

As Tobossis só incorporam em suas gonjaí após os Voduns terem "subido". Elas chegavam alegres, batendo palmas e acordando a Casa.

No Peji, há um lugar para as obrigações das Tobossis, que é uma feitura muito fina e especial.

VESTIMENTAS E APETRECHOS DAS TOBOSSIS

Os trajes e apetrechos das Tobossis são muito elaborados.

As Tobossis vestiam-se com saias coloridas, usavam pulseiras chamadas dalsas, feitas com búzios e coral, pano-da-costa colorido, o agadome, sobre os seios, deixando o colo e os ombros livres para o ahungelê, uma manta de miçangas coloridas, presa no pescoço, objeto de grande valor e significado. O ahungelê também era chamado de tarrafa de contas, gola das Tobossis ou manta das Tobossis, sendo considerado um distintivo étnico-cultural do Jeje. Ele conta a história particular da Tobossi vinculada ao Vodum, sua família e a iniciada, gonjaí.

As Tobossis usavam ainda, vários rosários, fios-de-contas e o cocre, colar de miçangas curto, junto ao pescoço como uma gargantilha, usado pelas Tobossis e pelas gonjaí durante o ano de feitura, cuja cores variam de acordo com seus Voduns, semelhante ao quelê dos terreiros de Candomblé.

No Carnaval, as Tobossis vestem-se com saias muito vistosas, aparecendo o agadome que envolve o colo nu e os pés são calçados em sandálias finas.

Os trajes das Tobossis são muito elaborados, de uma construção artesanal, que segue com rigor uma linguagem cromática, própria e do domínio das Tobossis.

A PARTICIPAÇÃO DAS TOBOSSIS NAS FESTAS

Quando apareciam publicamente, as Tobossis vinham cumprir certas obrigações, destacando-se a festa do Carnaval.

As Tobossis vinham três vezes por ano:

- Nas festas de Nochê Naé - em junho e no fim do ano

- No Carnaval

As grandes festas duravam vários dias.

O Carnaval é uma comemoração da qual participavam os membros do Barracão e visitantes. No Carnaval, elas ficavam desde a noite do domingo até as 14 hs da quarta-feira de cinzas. Na segunda-feira, alguns Voduns vinham visitá-las. Eram recebidos pelas outras filhas da Casa, as voduncirrês.

Era das Tobossis a tarefa de tomarem conta das frutas do arrambam, obrigação também conhecida como bancada, lembra a quitanda dos terreiros de Candomblé. As frutas ficavam no Peji para serem distribuídas na quarta-feira de cinzas.

Durante o Carnaval, as Tobossis brincavam com pó e confete mas tinham medo de bêbados e mascarados.

Na terça-feira à tarde, dançavam na grande sala e na quarta, pela manhã, dançavam em volta da cajuazeira. Distribuiam acarajé em folhas de "cuinha" e depois despachadas.

Durante as grandes festas de Nochê Naé, elas vinham durante nove dias, entre os dias de dança, nos intervalos de descanso. Ficavam durante o dia, cantavam suas cantigas próprias, dançavam na sala grande e no quintal e brincavam com seus brinquedos.

O reconhecimento de cada festa/obrigação está no vestuário e nos alimentos. O alimento é uma marca identificadora, compõe a divindade, seu papel, suas características no contexto da ligação com os deuses e estabelecendo, ainda com o alimento, uma forma de comunicação com os iniciados, visitantes e amigos do Barracão.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

ORIXAS DO CANDOMBLE

Xango

FESTA DE SANTO

lenda de ewa

Festa de iemanja

ODE



Durante a diáspora negra, muitos escravos que cultuavam Oxóssi não sobreviveram aos rigores do tráfico negreiro e do cativeiro, mas, ainda assim, o culto foi preservado no Brasil e em Cuba pelos sacerdotes sobreviventes e Oxóssi se transformou, no Brasil, num dos orixás mais populares, tanto no candomblé, onde se tornou o rei da nação Ketu, quanto na umbanda, onde é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião.Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde na umbanda e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada nesse último. Sendo assim, roupas, guias e contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais como penas e sementes.Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha), lanças, facas e demais objetos de caça. É um caçador tão habilidoso que costuma ser homenageado com o epíteto "o caçador de uma flecha só", pois atinge o seu alvo no primeiro e único disparo tamanha a precisão. Conta a lenda que um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxossi era caçador, como outros. Ele só tinha uma flecha para matar o pássaro e não podia errar. Todos os outros já haviam errado o alvo. Ele não errou, e salvou a aldeia. Daí o epíteto "o caçador de uma flecha só".Come tudo quanto é caça e o dia a ele consagrado é quinta-feira.Ibualama, Inlè ou Erinlè - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, BrasilNo Brasil, Ibualama, Inlè ou Erinlè é uma qualidade de Oxóssi, marido de Oxum Ipondá e pai de Logunedé. Como os demais Oxóssis é caçador, rei de Ketu e usa ofá (arco e flecha), mas se veste de couro, com chapéu e chicote.Um Oxóssi azul, Otin, usa capanga e lança. Vive no mato a caçar. Come toda espécie de caça, mas gosta muito de búfalo.A curiosidade e a observação são características das pessoas consideradas filhas de Oxóssi, orixá também da alegria, da expansão, que gosta de agir à noite, como os caçadores. São faladores, ágeis e de raciocínio muito rápido.Oxóssi é o arquétipo daquele que busca ultrapassar seus limites, expandir seu campo de ação, enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida. Ao atingir o conhecimento, Oxóssi acerta o seu alvo. Por este motivo, é um dos Orixás ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo "de fora", a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça. Assim, o orixá da caça extensivamente é responsável pela transmissão de conhecimento, pelas descobertas. O caçador descobre o novo local, mas são os outros membros da tribo que instalam a tribo neste mesmo novo local. Assim, Oxóssi representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia. Enquanto cabe a Ogum a transformação deste conhecimento em técnica.Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Oxóssi para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e fartura desse orixá, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas no trabalho e desemprego. Afinal, a busca pelo pão-de-cada dia, a alimentação da tribo costumeiramente cabe aos caçadores.Por suas ligações com a floresta, pede-se a cura para determinadas doenças e, por seu perfil guerreiro, proteção espiritual e material.
Postado por HUMBERTO D' OTOLU às 14:36 0 comentários
Assinar: Postagens (Atom)
Arquivo do blog
2007 (7)
Agosto (7)
Oyá
OSSUM
IEMANJÁ
BESSEM
Shango ou Xango, é cultuado como vodun e dependen...
TOGUN
Jeje

Quem sou eu
HUMBERTO D' OTOLU
Uma pessoa amiga e legal Visualizar meu perfil completo

Oyá




África
Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, país que faz parte da Iorubalândia, atualmente chamado de rio Níger. No entanto, não se trata de uma divindade das águas, mas da Senhora dos ventos, raios e tempestades, elemento fogo, seu metal é o cobre. Também chamada de Oya-Yánsàn.
O seu culto está associado à morte e aos ancestrais, por saber lidar com os eguns, é ela que os encaminha, manifesta-se nos rituais de Àsèsè ou Axexê em português.
Foi espôsa de Ogum e posteriormente uma das três mulheres de Xangô.
Oyá é aquela que divide com Xangô o axé de soltar fogo pela boca e o acompanha nas batalhas, tendo alcançado ao seu lado grandes vitórias.
Oferendas: àkàrà ou acarajé, ekuru e abará.

Brasil

Oyá-Iansã - escultura de Carybé em madeira
Bahia, Brasil
Oyá é um Orixá africano, cultuado no candomblé e muitos seguimentos de religiões afro-brasileiras, sua saudação é Iyá Mesan Òrun mãe dos nove oruns (espaços) e Èpa heyi!.
Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará solicitando auxílio nas mais diversas questões, principalmente as ligadas à justiça, por sua proximidade com Xangô e proteção, em especial contra os eguns.
No candomblé sua côr é o vermelho, leva chifres de búfalo ou boi na cintura e utiliza o irukerê, instrumento ritual feito de rabo de boi ou burro com o qual direciona os eguns, os espíritos dos mortos. Por sua atuação junto aos eguns está intimamente ligada aos mistérios da morte e aos orixás nanã, Omolu e Obaluayê. Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos ventos e tempestades, fazendo parceria com Xangô, o senhor dos trovões.
Inhansã outro nome pela qual é conhecida e cultuada, principalmente por sua ligação com a morte, pois compete somente a Inhansã o poder de conduzir os eguns (espíritos dos mortos), para longe ou perto dos seres vivos.
É um orixá também muito guerreiro e imponente. Em sua dança faz menção aos movimentos rápidos e repentinos dos ventos, usando um irukerê (cetro pequeno feito de cauda de boi ou cavalo) para espantar maus espíritos.

Arquétipo
Segundo sua mitologia, os filhos de Inhansã são pessoas agitadas. Diretos no que querem, não escondem sentimentos de ninguém. Uma grande ofensa é a agressão de qualquer espécie aos seus filhos. O agressor terá um adversário até a morte.
Seriam pessoas propensas a dar grande guinada em suas próprias vidas, a qualquer momento, sem se importar com ninguém. Não gostam de se prender a ninguém pois são livres como o vento.

Lenda
Estavam todos os orixás, divindades do panteão Yoruba, reunidos em uma grande festa até que chegou Omolú. Durante todo o tempo, Omolú ficou num canto sem dançar.
Inhansã, inquieta com tal situação, aproximou-se do senhor, que usava uma roupa de palha cobrindo o rosto (e que deixava Inhansã mais intrigada ainda) e o convidou para dançar. Inhansã dançou tão rápido que vento proporcionado por seus giros levantou a roupa de Omolú que, para surpresa de todos, era um homem de extrema beleza.
O reconhecimento e admiração de todos por Omolú o deixou muito feliz, pois anteriormente era muito desprezado. Por gratidão a Inhansã, Omolú ofertou-lhe parte de seu poder, dando a Inhansã a capacidade de conduzir os eguns dançando com seu irukerê. E inhansã tornou mais poderosa e adorada.

Cultura afro-brasileira
Em Salvador, Oyá ou Iansã é sincretizada com Santa Bárbara que é madrinha do Corpo de Bombeiros e padroeira dos mercados, é homenageada no dia 4 de dezembro na Festa de Santa Bárbara da Igreja Católica, é um grande evento sincrético, composto de missa, procissão feita por católicos e praticantes do Candomblé além das festas nos terreiros, o caruru de Iansã, samba de roda e apresentação de grupos de capoeira e maculelê.

OSSUM


África
Osun - (Oshun ou Oschun) na Mitologia Yoruba, é um orixá feminino, seu nome deriva do rio OSun que corre na Iorubalândia, na região nigeriana de Ijexá e Ijebu.
Em seu livro Orixás, relata que os iorubás acreditam haver 16 qualidades de Oxuns que se relacionam cada qual a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos, enquanto as mais jovens respondem pelos mais rasos.
Brasil

Oxun A Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade, e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.
Candomblé Ketu
Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege,

também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
Orixá do amor, da prosperidade e da beleza, em sua qualidade Ipondá, é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem, com o abebé nas mãos, um espelho de metal no qual a beleza se reflete.
Em Oxum, os fiéis também buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões e na vida financeira, tanto que muitas vezes é chamada de Senhora do Ouro.
Na natureza, o culto à Oxum costuma ser realizado nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Sincretizada com diversas Nossas Senhoras, na Bahia ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar, um fenômeno que se assemelha às lágrimas manifestadas em várias imagens de Nossa Senhora pelo mundo todo.
O RIO DE OSSUM

IEMANJÁ




África
Na Mitologia Yoruba, a dona do mar é Olokun que é mãe de Yemojá, ambas são de origem Egbá.
Yemojá que é saudada como Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países.
Seu culto é feito no rio Ògùn em Abeokuta

[editar] Brasil
No Brasil, Iemanjá é um orixá dos mais populares e reverenciados do Candomblé, Batuque, Xambá, Xangô do Nordeste, omoloko e Umbanda e mesmo por fiéis de outras religiões.

Yemanja - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
Uma das maiores comemorações em honra à Iemanjá ocorre no último dia do ano em várias praias do litoral brasileiro. Antes e após a queima de fogos da passagem do ano, os devotos fazem oferendas à Rainha do Mar, um dos títulos pelos quais Iemanjá é saudada. Eles a presenteiam com flores, perfumes, velas e mimos de todos os tipos, tanto na areia da praia, quanto nas ondas do mar.
A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Uma das maiores festas ocorre em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes.
No dia 8 de dezembro, outra festa é realizada à beira mar baiana: a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Esse dia, 8 de dezembro, é dedicado à padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador. Também nesta data é realizado, na Pedra Furada, no Monte Serrat em Salvador, o presente de Iemanjá, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar - também conhecida como Janaína.
A festa católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, enquanto os terreiros de Candomblé e Umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as casas de santo que realizarão seus trabalhos na areia.
No Brasil, Iemanjá representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes, que adora cuidar de crianças e animais domésticos.
Iemanjá na Umbanda
Iemanjá no Batuque
Iemanjá no Xambá

[editar] Cuba
Em Cuba, Yemayá também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.
Lydia Cabrera fala em sete nomes igualmente, especificando bem que apenas uma Iemanjá existe, à qual se chega por sete caminhos. Seu nome indica o lugar onde ela se encontra.

BESSEM















Òsùmàrè na África
É a serpente-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. Ele é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.
É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda. É ao mesmo tempo macho e fêmea. Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.
De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.
É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin e Obaluaiyê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Obaluaiyê.

Oxumarê no Brasil

Oxumare - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil.
Oxumarê ou Oxumaré apresenta as mesmas características notadas entre os yoruba, além do Brajá e Lagdigbá usam fios-de-contas amarelas e verde intercaladas ou de miçangas rajadas. Quando dança leva nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra num ininterrupto movimento.
Era um adivinho (Babalawo). O adivinho do rei Oni segundo um de seus Orikis. Sua única ocupação era ir ao palácio real no dia do segredo; dia que dá início à semana, de quatro dias, dos iorubás.
Oxumarê,na África, é tido como o dono da mina de ouro, senhor de toda a riqueza. Seus domínios se estendem a tudo o que for alongado, assim como o cordão umbilical.
Orixá de extrema força, podendo controlar a vida e a morte me nosso corpo (alongado), assim como também em nosso planeta, pois segundo a mitologia Yorubá, é ele quem segura a terra p q a mesma não parta, e também, quem a faz girar.
Sua nação é o Jêje, onde é considerado como DAn, e tido como REI do povos Jêjes.Esses povos, para os yorubás, eram todos os povos dominados pelos yorubás, tido como fora de seus limites, ou extrangeiros.
Na nação Jêje, sua cor é o amarelo e preto. Já no Ketu,suas cores são o verde e amarelo. Porém essas cores definem apenas o fio de contas, pois todas as cores do arco-íris o pertencem.
Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. E não raro, é ver um filho de Oxumarê se desfazer de algo seu, em favor do necessitado, com a maior facilidade..... Contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibir sua riqueza.
São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém, se torna terrível quando com raiva, representando nesse estado a Serpente, que vem trazendo o lado negativo de oxumarê, o seu lado mais perigoso.
Oxumarê dentro do candomblé, se divide em duas qualidades : - Oxumarê macho, representado pelo arco-íris _ Oxumarê fêmea, chamado de FREKUEM, representado pela Serpente.

Xango

Shango ou Xango, é cultuado como vodun e dependendo do país como orixá.
dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.
Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyó", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.
Shango, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yemonja como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Shango orixá dos raios, trovões e grandes cargas elétricas. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô.

Xangô - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são os raios e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. É tido como um Orixá poderoso das religiões afros, como Candomblé, Umbanda e outras.
Xangô na Umbanda
Xangô no Batuque
Xangô no Xambá
Saudação: Kawó-Kabiesilé Saudação é a forma com que os Orixas são referenciados;
Cores: Vermelho e Branco ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho.As cores representam os Orixas, e podem variar segundo a linha religiosa;
Dia da Semana: Quarta-Feira;
Elementos: Fogo, trovões, raios, criador do culto de Egungun, formações rochosas;
Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira;
Pedra: Rubi;
Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas,Pedreiras;
Oferendas: Amalá
Dança: Alujá, dança de guerra de xangô usada contra seus inimigos para multila-los e ser feita a justiça
Cultura afro-brasileira
Sincretizado com São Jerônimo, devido a presença das formações rochosas, de um livro e do Leão (animal de forte associação com o orixá). Pode ainda vir sincretizado com São Judas Tadeu (devido a presença do machado, e do livro) e com São João Batista devido a semelhança de personalidade com o orixá. São João é comemorado com fogueiras, festas, está sempre com um carneiro...assim como o Orixá Xangô. Em Cuba, Xangô sincretiza-se com Santa Bárbara...mas aqui no Brasil Santa Bárbara representa Iansã.
Os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito.

TOGUN




Na Mitologia Yoruba, Ogun é o Orixá ferreiro, Senhor dos metais, ele mesmo forjava suas ferramentas tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Foi o filho mais velho de Odudua, o fundador de Ifé.
O Guerreiro
Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros Estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê".

[editar] Brasil

Ogun - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
Candomblé
Ogum ou Ogun é um orixá africano, é a divindade do ferro e protetor de todos que trabalham com esse metal: ferreiros, agricultores, escultores, mecânicos e dos militares.

Jeje








Durante a diáspora negra, muitos escravos que cultuavam Oxóssi não sobreviveram aos rigores do tráfico negreiro e do cativeiro, mas, ainda assim, o culto foi preservado no Brasil e em Cuba pelos sacerdotes sobreviventes e Oxóssi se transformou, no Brasil, num dos orixás mais populares, tanto no candomblé, onde se tornou o rei da nação Ketu, quanto na umbanda, onde é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião.
Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde na umbanda e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada nesse último. Sendo assim, roupas, guias e contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais como penas e sementes.
Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha), lanças, facas e demais objetos de caça. É um caçador tão habilidoso que costuma ser homenageado com o epíteto "o caçador de uma flecha só", pois atinge o seu alvo no primeiro e único disparo tamanha a precisão. Conta a lenda que um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxossi era caçador, como outros. Ele só tinha uma flecha para matar o pássaro e não podia errar. Todos os outros já haviam errado o alvo. Ele não errou, e salvou a aldeia. Daí o epíteto "o caçador de uma flecha só".
Come tudo quanto é caça e o dia a ele consagrado é quinta-feira.

Ibualama, Inlè ou Erinlè - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
No Brasil, Ibualama, Inlè ou Erinlè é uma qualidade de Oxóssi, marido de Oxum Ipondá e pai de Logunedé. Como os demais Oxóssis é caçador, rei de Ketu e usa ofá (arco e flecha), mas se veste de couro, com chapéu e chicote.
Um Oxóssi azul, Otin, usa capanga e lança. Vive no mato a caçar. Come toda espécie de caça, mas gosta muito de búfalo.
A curiosidade e a observação são características das pessoas consideradas filhas de Oxóssi, orixá também da alegria, da expansão, que gosta de agir à noite, como os caçadores. São faladores, ágeis e de raciocínio muito rápido.
Oxóssi é o arquétipo daquele que busca ultrapassar seus limites, expandir seu campo de ação, enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida. Ao atingir o conhecimento, Oxóssi acerta o seu alvo. Por este motivo, é um dos Orixás ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo "de fora", a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça. Assim, o orixá da caça extensivamente é responsável pela transmissão de conhecimento, pelas descobertas. O caçador descobre o novo local, mas são os outros membros da tribo que instalam a tribo neste mesmo novo local. Assim, Oxóssi representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia. Enquanto cabe a Ogum a transformação deste conhecimento em técnica.
Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Oxóssi para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e fartura desse orixá, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas no trabalho e desemprego. Afinal, a busca pelo pão-de-cada dia, a alimentação da tribo costumeiramente cabe aos caçadores.
Por suas ligações com a floresta, pede-se a cura para determinadas doenças e, por seu perfil guerreiro, proteção espiritual e material.